Câncer de próstata diagnosticado no início pode ter 90% de chance de cura
Se detectado em estágio avançado, chances de cura são de 10% a 20%.
Por isso, é importante que os homens façam acompanhamento médico.
Homens costumam se preocupar muito menos com a saúde do que as mulheres. Muitos deles deixam de ir ao médico por vários motivos, inclusive medo, e em 70% dos casos são arrastados por insistência delas.
No entanto, essa demora para procurar ajuda pode trazer riscos para a saúde, especialmente de problemas como câncer de próstata, como alertaram os urologistas Miguel Srougi e Luciano Nesrallah no Bem Estar desta sexta-feira.
De acordo com os médicos, esse é o tipo de câncer mais comum entre os homens e pode ser diagnosticado através de um exame de sangue, chamado PSA, combinado ao exame de toque retal. Segundo o urologista Miguel Srougi, se diagnosticado no início, as chances de cura são de 80% a 90%; se detectado em estágio avançado, essas chances diminuem para 10% a 20%.
A maioria dos casos são de câncer dentro da próstata, o que facilita muito as chances de recuperação; porém, em 30%, onde a doença já se instalou nos nervos ou ossos, por exemplo, essas chances reduzem drasticamente.
Por isso, é muito importante que os homens façam o rastreamento da doença a partir dos 40 anos de idade, se houver casos na família, ou a partir dos 45 anos, se não houver, como alertou o urologista Luciano Nesrallah.
Se o paciente descobre o câncer, ele pode tratar com radioterapia ou retirar totalmente a próstata com uma cirurgia. Porém, muitos têm medo da impotência sexual ou incontinência urinária depois da operação – de fato, as duas coisas podem acontecer, mas dependem de muitos fatores.
Se a cirurgia for feita do jeito certo, as chances de incontinência são de 3% a 5%; já a impotência vai depender da idade do paciente e da experiência do cirurgião. Hipertensos, fumantes ou diabéticos podem também ter mais chances de disfunção erétil após a retirada da próstata.
Depois da cirurgia, pode acontecer também do nervo responsável pela ereção ficar por um tempo adormecido, mas na maioria dos casos, ele logo volta a se recuperar. Porém, se os nervos forem totalmente afetados, o homem pode ficar impotente e precisar de medicamentos. Esse é um dos usos indicados para o uso de remédios para disfunção erétil, mas muitos ainda costumam utilizá-los sem necessidade.
A repórter Renata Ribeiro mostrou depoimentos de jovens que confessaram ter se medicado apenas para experimentar a sensação. Segundo o presidente do Conselho Regional de Farmácia de São Paulo, Pedro Eduardo Menegasso, o uso desses remédios pode causar dependência psicológica ao ponto do paciente não conseguir mais ter relação sexual sem ele.
De acordo com o especialista, o medicamento é um vasodilatador e, assim como todos os outros, tem efeitos adversos, como vermelhidão no rosto, dor de cabeça e congestão nasal.
Na teoria, ele só é vendido com prescrição e receita médica, mas na prática, não é bem assim e o acesso pode até ser simples. Porém, o uso indiscriminado traz riscos e não é recomendado, como alertaram os urologistas.
Além disso, não é recomendado combinar remédios para disfunção erétil com outros remédios vasodilatadores, que podem causar queda de pressão, levando a desmaios e até parada cardíaca. Medicamentos fitoterápicos para disfunção erétil também não têm comprovação científica de que funcionam e, para muitos, podem ter o efeito contrário.
fonte:http:g1.globo.com/bemestar