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Em 22 de janeiro de 2014 - às 0:00

Pedras nos rins são mais comuns no verão. Entenda a doença e tratamento

Problema causa dores fortíssimas e pode levar à perda dos rins nos casos mais extremos

Considerado a nova epidemia mundial, o cálculo renal, popularmente conhecido com pedras nos rins, é uma doença bastante comum, causada pela cristalização de sais minerais presentes na urina. Além da forte dor, o problema pode levar a complicações mais sérias, como doenças cardiovasculares e insuficiência renal crônica, dentre outras.


No verão, a incidência é 20% maior, segundo dados da Sociedade Brasileira de Nefrologia (SBN). Isso porque, durante o calor, suamos mais e, consequentemente, urinamos menos. “Com as temperaturas elevadas, transpiramos mais, e a ingestão de água nem sempre compensa a perda de líquido no organismo”, explica o nefrologista Daniel Rinaldi dos Santos, presidente da SBN. Com isso, a urina fica concentrada na bexiga, e as substâncias que normalmente são excretadas ficam retidas e acabam formando as pedras.

 

 

Estima-se que 15% da população mundial sofra da doença. No Brasil, o número varia entre 5 e 12%, sendo que os homens entre 20 a 40 anos de idade são os mais atingidos. A taxa de reincidência do cálculo renal é bastante alta (de 80 a 100%), e, em metade dos casos, existe histórico da doença na família.

Riscos

Além da dor aguda, a pedra nos rins está associada ao desenvolvimento de doenças crônicas bastante frequentes, como a hipertensão arterial, o diabetes, a síndrome metabólica, doenças cardiovasculares como o infarto agudo do miocárdio e a insuficiência renal crônica, que pode levar à perda dos rins. O cálculo renal apresenta alta taxa de recorrência (de 80% a 100%) e a história familiar está presente em torno de 50% dos casos.

 

 

Diagnóstico e tratamento do cálculo renal

 

 

Dor súbita no dorso ou sangue na urina são sintomas sugestivos de cálculo renal. Ao apresentar estes sinais, o paciente deve procurar um médico imediatamente. “Para o diagnóstico, utilizamos exames de imagem e dosagens sanguíneas e urinárias de substancias como o cálcio, ácido úrico, oxalato, citrato, sódio, potássio e magnésio, entre outros. Esses métodos oferecem informações importantes sobre o tamanho e localização das pedras e as alterações do metabolismo responsáveis pela sua formação”, afirma o especialista.

 

 

Uma vez diagnosticada a pedra nos rins, serão recomendadas mudanças na alimentação, além de medicações específicas. As indicações incluem o aumento na ingestão de líquidos, a redução no consumo de sal, carne vermelha e gorduras, o controle do peso e a prática regular de exercícios físicos. Além disso, o paciente não deve fumar e precisa controlar a pressão arterial e o diabetes.

 

 

“Curiosamente, apesar de a maioria dos cálculos serem compostos por cálcio e surgirem devido ao excesso deste componente na urina, não há necessidade de restringir seu consumo na dieta”, afirma Dr. Daniel. “A restrição, aliás, pode ser prejudicial. Se a pessoa já está perdendo cálcio em excesso na urina e não o repõe com a dieta, seu organismo vai buscar o cálcio de que precisa nos ossos, podendo levar à osteoporose precoce”, alerta. Segundo ele, o único cuidado deve ser quanto ao consumo de suplementos de cálcio, principalmente em jejum, já que eles podem aumentar o risco de pedra nos rins.

Pedra nos rins pode ser identificada por meio de exame de imagem (Thinkstock)

Pedra nos rins pode ser identificada por meio de exame de imagem (Thinkstock)

Prevenção

O consumo adequado de água é o primeiro passo para afastar a doença, especialmente no verão. Ingira, no mínimo, 2 litros por dia.

“À noite, a formação do cálculo é mais comum, uma vez que as pessoas seguram mais a urina e o acúmulo de cristais aumenta. Por isso, é fundamental beber água também nesse período”, alerta Dr. Daniel.

Outra medida importante é evitar o excesso de vitamina C e optar por uma dieta rica em fibras e frutas, especialmente as cítricas, como a laranja e o limão.

As dietas ricas em sal, proteínas, frutose e açúcares são fatores de risco e devem ser evitadas.

Quem já apresentou a doença uma vez na vida deve procurar um especialista e avaliar as opções de prevenção. “O médico irá avaliar as funções metabólicas para ver se é necessário ou não abrir mão de algum medicamento”, esclarece o especialista.

 

 

fonte:bolsademulher

[+ Saúde do Trabalhador]

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