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Em 10 de março de 2023 - às 4:21

Trabalhadoras gráficas devem lutar contra salários desiguais e direitos sonegados pelo trabalho precário

As trabalhadoras gráficas do Estado de Pernambuco precisam refletir e agir como já fizeram as grevistas da gráfica Triangle Shirtwaist em 1908, estas que foram responsáveis a ajudar na criação do Dia Mundial das Mulheres (8 de maio), através da luta por seus salários, direitos e pelas condições laborais. Para isso, como no passado, devem se unificar entre si e junto do Sindgraf-PE, tornando-se sindicalizadas pela garantia dos seus direitos já conquistados pelo sindicato, a exemplo dos salários e oportunidades iguais ao de homens, além do combate à informalidade na mão de obra feminina e ilegalidades. Seja forte, seja sócia. Sindicalize-se!

Cerca de 0,1% das 1,5 milhão de trabalhadoras pernambucanas estão empregadas formalmente no setor gráfico. O número de profissionais gráficas equivale a 1,5 mil mulheres, o que representa 30% da categoria em Pernambuco. Os dados foram retirados de pesquisas do Dieese e do IBGE. Felizmente, graças à atuação do Sindgraf-PE, nenhuma dessas funcionárias pode receber das empresas menos que o piso pago aos homens. E tal piso supera até a média da maioria das demais mulheres ocupadas oficialmente no Estado. Ao invés de ganharem R$ 1.637, como aponta a média da pesquisa do IBGE (Pnad), o piso da categoria gráfica é de R$ 1.678,17. A depender da função, o piso chega a R$ 2.731,21 (impressão de 4 cores).

 

O estabelecimento do piso evita que haja desigualdade de faixa salarial entre homens e mulheres na mesma função. Contudo, isso diz respeito ao salário mínimo da categoria. “Caso haja alguma trabalhadora ganhando menos (seja piso ou faixa superior) que homens com igual função e com outras condições iguais, denuncie para nós e se sindicalize para que o Sindgraf atue no local”, diz Iraquitan da Silva, presidente da entidade. 

 

Um outro problema bem complexo estar em relação à alta informalidade de mulheres no mercado de trabalho em geral no estado. O IBGE fala em uma taxa de 56,8%. É significativa porque o índice de mulheres fora do mercado é impressionante. São 2,3 milhões, sem mencionar as 331 mil desocupadas. “Com esse exército de mão de obra feminina sem emprego, há muitos patrões que as exploram em trabalhos precários e ilegais, sem registros e com pagamentos diários e fora da Lei do Gráfico, rebaixando o piso salarial e os demais direitos socioeconômicos. Não permita que isso ocorra. Denuncie”, diz Iraquitan.

 

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